Saiba quando se preocupar com o refluxo
Apesar de bastante comum, o refluxo merece atenção
Cerca de 50% dos bebês apresentam um refluxo fisiológico nos
primeiros quatro meses de vida. Segundo Soraia Tahan, professora
adjunta de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), as regurgitações são muito comuns e, na maioria das
vezes, não há motivos para os pais se preocuparem.
De acordo com a médica, esse incômodo é causado por um
relaxamento inadequado e transitório de uma camada muscular que fica
acima do estômago. "Quando ela relaxa de maneira inadequada, o
alimento volta para o esôfago", explica.
Quando o refluxo é doença
Se, além de regurgitar ou vomitar, seu bebê tem dificuldade de
ganhar peso e apresenta irritabilidade ou desconforto ao mamar, vale
a pena ficar alerta.
Essas são, segundo Soraia Tahan, algumas das manifestações da
chamada doença do refluxo gastroesofágico. Nesse caso, a criança
também pode sentir dor quando come ou apresentar irritabilidade
porque a doença pode causar uma inflamação do esôfago, a chamada
esofagite.
Também podem aparecer, de acordo com a professora, manifestações
respiratórias. A mais comum é a apneia, que é quando a criança
para de respirar por conta de um refluxo grave.
O diagnóstico da doença de refluxo só pode ser feito por um
médico. "O que os pais podem e devem fazer sempre é um
acompanhamento pediátrico", orienta.
O que pode ajudar
O ideal é que o bebê não passe por intervalos muito longos
entre as mamadas. E, depois da amamentação, a criança deve ficar
em pé no colo para arrotar e se sentir mais confortável.
Para quem não está em aleitamento materno, existem, segundo a
professora, fórmulas (leites infantis) com uma goma que atua como um
espessante, diminuindo o refluxo. As fórmulas, no entanto, não
servem para o refluxo patológico, apenas para o fisiológico, que
tende a desaparecer com o tempo. "Com seis meses, o refluxo
fisiológico começa a melhorar. Com um ano, há pouco sintomas e,
com 18 meses, a criança quase não tem mais sintomas", explica
Soraia Tahan.
Adendo Roprimeirobrinquinho :
Segue algumas dicas que ajudam a atenuar o desconforto segundo a especialista Andreia Ramalho S Nascimento enfermeira Obstetra do Hospital e maternidade santa Helena.
- Troque a fralda antes da mamada. Ou espere que a digestão se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou passeando com ele após a refeição, aumenta o risco de o leite voltar do estômago para o esôfago - e aí é incômodo e choro na certa.
- Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o esfíncter ainda não funciona tão bem. O jeito, então, é fracionar a dieta, ou seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do dia, em várias pequenas refeições.
- Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais vertical. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se você o mantivesse deitado.
- Experimente deixar o berço inclinado num ângulo de 30 graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Assim, forma-se uma barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir um sono tranqüilo.
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