sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dicas de Problemas de Saude mais Comuns em Bebês

Descamações e brotoejas






Descamações e brotoejas



A chamada crosta láctea, um tipo de dermatite seborreica, é muito comum em bebês. É uma doença inflamatória de pele, que causa descamações e vermelhidão – principalmente no couro cabeludo, embora possa aparecer em outras partes do corpo. Ela surge nas primeiras semanas de vida da criança e tende a desaparecer antes do primeiro ano. Está associada à imaturidade da pele. As brotoejas, aquelas bolinhas rosadas no corpo da criança, também são bastante comuns nessa idade. São pequenas erupções que surgem porque alguns poros do bebê ainda estão fechados, obstruindo a passagem do suor. Elas coçam e irritam.

   
O que fazer?


No caso da crosta láctea, a recomendação é passar óleo vegetal na região descamada antes do sono do bebê e lavar com sabão neutro – use um pente fino para limpar o cabelo se o problema estiver no couro cabeludo. Já as brotoejas desaparecem sozinhas. O máximo que se pode fazer é reduzir o vermelhão e a coceira com a água um pouco mais fria e evitar que a criança transpire. Para isso, é importante vesti-la com roupas arejadas e leves. Procure também secar bem o bebê, nunca esfregando a toalha, mas pressionando levemente a pele.
 

 Cólica



 


A imaturidade do sistema digestivo do bebê é responsável pelo mais famoso drama na vida de pais de recém-nascidos: as cólicas. Trata-se de uma manifestação orgânica. O intestino reage a proteínas estranhas, presentes no leite materno. Marcadores bioquímicos identificam essas substâncias. O resultado são desconfortos e dores abdominais, seguidos de choros repentinos e agudos.

O que fazer?
Não há muito o que fazer, além de esperar a maturação do tubo digestivo da criança. A partir do terceiro ou quarto mês, a criança passará a reconhecer as proteínas do leite materno e deixará de ter cólicas com frequência. Até lá, os pais podem usar bolsas de água quente, massagens e flexão de pernas para amenizar o incômodo, mas essas são medidas paliativas. O banho e a posição fetal também acalmam o bebê. Há médicos que prescrevem analgésicos e outros que toleram a popular funchicória (remédio fitoterápico), embora não a indiquem. Nesse caso, o que vale é a palavra de seu pediatra de confiança.
 

Dor dos primeiros dentes

 
 

 
Dor dos primeiros dentes

Os primeiros dentinhos incomodam o bebê ao nascer. É um processo dolorido e desconfortável. A criança fica bastante irritada, chora a todo instante, pode se recusar a mamar e até ter febre leve, pouco acima de 37 °C. Ela também baba muito.
 
O que fazer?
Dê mordedores para a criança. Eles ajudam a coçar a gengiva e estimulam a erupção do dente. Existem modelos com gel que ficam na geladeira. São especialmente indicados porque a baixa temperatura ameniza o incômodo. Fale com seu pediatra e pergunte a ele sobre pomadas analgésicas para uso tópico, ou seja, para a aplicação diretamente na gengiva. Febres abaixo de 38 °C não devem ser motivo de preocupação demasiada. Elas acontecem, mas cessam assim que o dente nasce.
 
 



 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

Otite


 
 

 


 

 

 

 

 

 

 



 



A otite é um agravamento de um quadro de virose. O catarro do resfriado que se acomoda em canais auditivos pode causar a inflamação do ouvido. Isso acontece porque as secreções constituem um ambiente perfeito para bactérias oportunistas, praticamente uma incubadora. Choro intenso, inapetência, perda da fome e irritabilidade são alguns dos sinais do problema. Em geral, há febre inferior a 39 °C, mas não necessariamente.

O que fazer?

É uma doença que costuma surgir três ou quatro dias depois de um resfriado. O diagnóstico deve ser feito pelo médico com um otoscópio – aparelho próprio para isso. O método de apertar o ouvidinho para ver se a criança chora não é confiável. Diante da confirmação da doença, além de seguir a prescrição do pediatra, os pais podem esquentar a região com um lenço aquecido e promover a higienização nasal, a inalação e a sucção do catarro com uma bombinha manual. Manter o pequeno hidratado também é importante.
 

Choro súbito

Como a criança não fala, qualquer ocorrência que envolva uma dor intensa provoca o choro súbito. Os motivos variam. Pode ser uma picada de inseto, um ouvido entupido ou uma cólica. Ou pode não ser nada também, apenas um susto, sem graves consequência

 

O que fazer?

Diagnosticada a doença, a criança deve ser medicada conforme indicação do pediatra, hidratada e higienizada. É importante monitorar o estado geral e a temperatura do bebê, além de sugar o catarro do nariz com bombas próprias para isso.

 

Sono intranquilo




Até os 3 meses de vida, é recomendável que a criança durma próxima à mãe por comodidade e segurança. Após esse período, no entanto, o bebê deve ir para o quarto dele e deixar aos poucos a mamada da madrugada. E é justamente nessa fase que começam os problemas relacionados ao sono. A criança chora muito e torna a noite dos pais um tormento. Muitas mães voltam a trabalhar nesse período, o que agrava ainda mais a situação.

 

O que fazer?

 

O sono intranquilo não costuma ser um problema de saúde, e sim de comportamento. Afinal, a criança está acostumada a acordar à noite para mamar. Por isso, é preciso calma para tirar o peito da madrugada. Faça isso aos poucos. Começar a criar novos hábitos, com horários mais rígidos, é outra medida importante. Além disso, resista à tentação de atender ao choro do bebê de imediato. Evite também fazer barulho, acender a luz e pegá-lo no colo: isso vai despertá-lo de vez! Deixe-o resmungar um pouco. É comum o pequeno acordar, chorar e voltar a dormir. Se ele não aprender a dormir nessa idade, poderá levar o hábito para o resto da infância.

 

 

Pneumonia


 


 

Depois de um resfriado ou gripe, há sempre o risco do quadro evoluir para uma bronquiolite ou até uma pneumonia. Ou seja, inflamações no pulmão. A pneumonia é grave. Causa tosse mais carregada, febre persistente, falta de ar e chiado no peito. Em alguns casos, a tosse pode levar ao vômito.

 

O que fazer?

 

Diagnosticada a doença, a criança deve ser medicada conforme indicação do pediatra, hidratada e higienizada. É importante monitorar o estado geral e a temperatura do bebê, além de sugar o catarro do nariz com bombas próprias para isso.

 


Resfriado



 

Os vírus são bastante nocivos aos bebês, que apresentam um sistema imunológico ainda imaturo e ficam mais vulneráveis a agentes externos. Por isso, os resfriados leves, ou viroses, afetam muitas crianças no primeiro ano de vida, principalmente quando frequentam creches e berçários de escolas. A inflamação causa coriza, obstrução nasal, tosse e lacrimação. Também pode dar febre baixa.
 
O que fazer?
 
Em primeiro lugar, não se desespere porque a criança está com 38 °C de febre. Antes de ir para o hospital, procure observar seu filho. Se for possível, ligue para o pediatra dele. Nesses casos, é preciso acompanhar a evolução da doença para saber o que fazer. Até lá, monitore a febre, dê banho, limpe o nariz, faça inalação e amamente normalmente. Sob orientação médica, um antitérmico pode ser administrado. Agora, se a febre persistir por mais de 48 horas ou superar os 38,5 °C e a criança apresentar prostração, leve-a a um pronto-socorro.

VIROSE INTESTINAL



As viroses também atacam o tubo gastrintestinal. O resultado pode ser cólica, vômito e diarreia, seguidos ou não de febre. Aqui a situação requer mais atenção. O principal risco é o de desidratação. É uma doença que provoca choros cíclicos na criança e irritação. No caso da diarreia, a evacuação acontece com mais frequência e pode apresentar laivos de sangue.

   
O que fazer?


Se a criança começar a evacuar e vomitar com muita frequência, procure imediatamente ajuda médica. A amamentação é a melhor forma de hidratar o bebê até, pelo menos, os 6 meses. Para os mais velhos, sirva apenas comidas leves e naturais, como arroz, purê de batata com cenoura, maçã, suco de maçã e banana-maçã. Água e chá sem açúcar são bem-vindos também.

 

fonte:Médico José Gabel, pediatra e presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo;
Médica Renata Waksman, pediatra do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein
http://bebe.abril.com.br/materia/problemas-de-saude-mais-comuns-em-bebes
 
 

 

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